DICAS ESPECIAIS PARA BONS MOTORISTAS
Assim como escutamos atentamente o professor na escola, ao aprendermos dirigir um automóvel nos transformamos em verdadeira esponja, absorvendo cada palavra do instrutor. O problema é que, em alguns casos, o primeiro instrutor é o pai, a mãe, um tio ou um amigo que sempre têm alguma "dica infalível" que a gente guarda para sempre, ainda que a mesma não tenha fundamento técnico ou até possa causar danos ao veículo.
Sabe aquela "pisadinha" no acelerador antes de ligar e desligar o carro? Pois é, não pode. Isso só serve para desperdiçar combustível e aumentar as chances de danificar o motor. O combustível não queimado irá "lavar" o óleo das paredes do cilindro do motor. Quando ligar o veículo novamente, anéis e pistão vão funcionar, por alguns instantes, sem lubrificação e desgastar mais rápido.
Há diversos hábitos que geram desgastes excessivos e prematuros nas peças dos veículos, porém, os piores são aqueles que comprometem a dirigibilidade e a segurança. Entre os jovens, por exemplo, há a mania de passar em lombadas transversalmente (cada roda de uma vez). Esta prática sobrecarrega as buchas da suspensão, os amortecedores e os rolamentos podendo danificá-los. Além disso, provoca maior torção da carroceria, o que pode empenar o monobloco.
Outro "delito" é deixar o carro em ponto morto em descidas. Nos veículos que têm injeção eletrônica, esta prática aumenta o consumo, pois há uma compensação da aceleração pela queda brusca da rotação. Além disso, para retomar a rotação há uma injeção de combustível maior do que se tivesse mantido a rotação anterior. O carro em ponto morto também aumenta a corrente de ar no radiador que, conseqüentemente, diminui a temperatura do motor podendo causar a queima da junta e trincas do cabeçote ou da carcaça.
Sobre o recurso de fazer o carro "pegar no tranco", principalmente em veículos com injeção eletrônica, saiba que:.Se a bateria estiver arriada, mesmo que o motor funcione, a central eletrônica não funcionará com menos de 8 volts. Nesse caso há ainda o risco da correia dentada não suportar o tranco e pular alguns dentes, quebrando a harmonia de funcionamento do motor e criando o sério risco de empenar as válvulas. Outro problema decorrente deste hábito é que o combustível não queimado que descer pelo coletor de escape pode danificar de forma irreversível o catalisador.
O trânsito caótico também leva os condutores a cometerem gafes indesejadas. Achar um lugar para estacionar nos grandes centros, por exemplo, não é tarefa fácil. Diante disso, um recurso é reduzir o espaço ocupado pelo veículo estacionando-o entre a calçada e a rua. No entanto, apoiar o pneu na guia faz com que ele sofra a pressão do peso do veículo de forma desequilibrada. Isso pode gerar deformação na estrutura, alterar a capacidade de resistência e uniformidade do pneu, além de afetar as condições de balanceamento do conjunto rodas/pneus.
A má conservação do piso também é vilã nesta história. Ao ver um buraco na rodovia alguns motoristas têm a péssima mania de frear bruscamente. Com a roda travada, o impacto é muito maior e sobrecarrega a suspensão e o próprio sistema de freios. A roda venceria este obstáculo muito mais facilmente se estivesse em movimento. Por último, dirigir com o braço na janela, além do perigo de não conseguir fazer uma manobra de emergência, pode custar multa e perda de pontos na carteira.
Confira outras dicas:
Não apóie a mão na alavanca de câmbio, pois desgasta peças internas do sistema.
Não apóie o pé na embreagem, pois desgasta componentes da transmissão – como platô, rolamento e disco de embreagem.
Dirigir com o banco deitado dá lentidão às reações, além de provocar dores nas costas.
Dirigir com o braço para fora do carro provoca lentidão nas reações e dá multa.
Virar o volante com o veículo parado força excessivamente o pinhão e a cremalheira da caixa de direção, diminuindo sua vida útil.
Puxar o freio de mão sem apertar o botão desgasta mais rápido a catraca da trava.
Arrancar bruscamente reduz a vida útil de engrenagens, dos pneus e do sistema de embreagem.
Dirigir na "banguela" deixa as peças superaquecidas e o óleo resfriado.
Pressionar o pára-brisa com o dedo não impede que ele se estilhace caso receba o impacto de pedras.
Segurar o carro na embreagem prejudica componentes e desgasta o motor.
Não é recomendável lavar o motor com água sob pressão, pois os conectores podem sofrer oxidação exigindo a troca do chicote.
Passar com o carro na diagonal em lombadas prejudica o sistema de suspensão.
O correto é primeiro pisar no freio e depois na embreagem, quando a velocidade já estiver menor.
Chaveiro muito pesado prejudica o miolo de ignição do veículo.
Utilize ré apenas para manobras para não causar desgaste das engrenagens.
Pare totalmente o veículo antes de engatar a ré para evitar desgaste excessivo.
DICAS para o bom motorista
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